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Fatmagül: Cinco motivos para você assistir


Fatmagul foi uma novela turca exibida na Band de agosto de 2015 a abril de 2016. Apesar do tema bem polêmico e chocante a princípio resolvi dar uma chance para essa história (que na verdade é uma série) e o resultado não foi outro, me apaixonei e não larguei mais. Quando acabou eu sofri de abstinência. Poderia elencar vários motivos pelos quais essa novela me conquistou, mas resolvi falar somente de cinco, vamos lá?


1. A história – Não vou me estender na sinopse, mas para quem viu ou ouviu falar a novela é sobre uma jovem da cidade de Izmir (interior da Turquia) que está prestes a se casar com Mustafá. Quatro irresponsáveis, três deles ricos, filhinhos de papai, bad boys se drogam e estupram Fatmagul. Kerim que estava entre eles não cometeu o ato, mas não fez nada para impedir. Chocante né? Pois é, o inicio é extremamente triste, até eu que gosto de um bom drama fiquei super impressionada porque além de tudo ainda obrigam Fatmagul a se casar com Kerim para salvar sua “honra”. Mas é aí que está o ponto chave. Essa história é sobre superação e como essa garota retoma sua vida após esse triste episódio. Parece estranho, mas quando assistimos tudo se torna tão legal e o desenrolar da novela é cativante. Aos poucos a protagonista vai levando sua vida e tentando viver normalmente apesar de tudo. Ela reabre o processo judicial sobre o caso e aí começa a luta contra os estupradores e os covardes que os ajudaram de alguma maneira. A novela se torna uma coisa linda de se ver porque parece que você está lá com ela, no meio da multidão apoiando Fatmagul sobre o direito das mulheres.


2. Roteiro Poético – A maneira como o roteiro foi escrito é comovente demais. Tudo em Fatmagul faz sentido do início ao fim e os diálogos mais densos são muito reflexivos. As cartas que eles escrevem poderiam ser publicadas em forma de livro (Dica ai para a produtora da série Ay Yapim) pelo conteúdo bem elaborado e sentimental das palavras usadas. Não só as cartas de Fatmagul e Kerim, mas também de Mustafá e dos outros, até a carta de confissão de um dos estupradores é legal. A história também é subdividida em estações do ano. Não sei mais acho lindo quando eles falam “A gente poderia fazer isso no verão” ou “o julgamento vai ser na primavera”. Quem está assistindo percebe mesmo a mudança das estações do ano, principalmente no cenário e figurino. E no roteiro as estações do ano são propicias para desenvolver certas cenas e o desenrolar da trama.


3. Detalhes – Pense em uma história que abusa dos detalhes e referências o tempo todo. Começando pelo nome da protagonista que significa Rosa (aquele tipo de flor). Se formos analisar detalhe por detalhe, o nome dela tem muito a dizer sobre o que ela sofreu e como também essa “rosa” vai desabrochando novamente quando ela começa a se recuperar. Outros detalhes como o lenço do noivo que amarraram ela durante o estupro e ela fica com ele até o noivo voltar arrependido por te-la abandonado. Ela se desfaz do lenço como se tivesse deixando aquela vida para trás. Além do baú de coisas do casamento que ela quebra e outras infinidades de coisas que vão fazendo sentido. A carta que Kerim manda para ela no início sonhando com o perdão de Fatmagul também faz todo o sentido no final.​


4. Superação - Como já falei, gosto de como a história se desenvolveu e como foi lenta a recuperação de Fatmagul. Em determinado ponto ela começa a ir ao psicólogo e vai conseguindo falar sobre o assunto. É legal também a recuperação do Kerim, porque mesmo o odiando no inicio e querendo punir ele, ao longo da história nós vamos vendo que ele tem caráter e cometeu um erro, gravíssimo, sim, mas ajudou de todas as formas Fatmagul a superar o trauma, em determinado momento até pediu o divórcio. Kerim pagou caro pelo que não fez, no caso impedir o estupro, e passou a história inteira tentando se redimir mostrando que somos humanos e também podemos pagar caro por certos erros.


​5. Justiça e o final – A história é baseada em fatos reais e em um livro. Fatmagul passa toda a novela lutando por justiça para que outras mulheres não sofressem o que ela sofreu, ela faz um discurso lindíssimo no final e ainda cita casos reais que estavam em aberto na Turquia, sempre culpando a vítima. (ALERTA SPOILER) O final é lindo porque retrocede para o ínicio. Volta ao dia do estupro e exemplifica o caráter dos personagens e podemos perceber como eles tomaram o rumo certo do que eles estavam se propondo desde o começo










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