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Agent Carter: Uma heroína além do Capitão América


Enquanto todos estão falando sobre o filme Capitão América: Guerra Civil, que por sinal é um ótimo filme, resolvi falar dessa série que poucas pessoas conhecem e que já foi cancelada (infelizmente),mas que faz parte do mesmo universo. Descobri Agent Carter a pouco tempo quando vi a notícia que a série seria cancelada. Fiquei totalmente impressionada e pensei: “Como tinha uma série solo da quase namorada do Capitão América e eu não sabia? E como assim já vai ser cancelada?”.


Eu me perguntei se valeria a pena assistir uma série com 2 temporadas, com 18 episódios ao todo, e que não teria um fim concreto porque não vão mais gravar novos episódios. A minha curiosidade em saber o aconteceu com a Agente Peggy Carter depois de Capitão America: o primeiro vingador foi imensa e resolvi assistir. A escolha não foi errada, a série vale muito a pena.

A história se passa no ano de 1946, após a Segunda Guerra Mundial e após a “morte” do capitão Steve Rogers (vulgo Capitão América), que na verdade ficou em coma quase 70 anos. Quando assisti ao filme fiquei com o coração partido ao saber que Peggy e Steve não tinham mais se visto e que do nada já tinha passado todos esses anos. Ai depois em Capitão America 2 vem a tijolada em nós que shippamos Steggy e gostamos da personagem: a agente Carter está bem velhinha e quase morrendo como já era de se esperar.


Então ficou um vazio em mim de saber que essa mulher super forte teve uma participação tão mesquinha nos filmes da Marvel, não só pelo romance, mas também pela postura da personagem. Por isso adorei ver que fizeram uma série só dela, que foca muito mais no lado policial de Peggy e como ficou sua vida pós Capitão América. A série preenche um pouquinho a lacuna do que aconteceu durante os 70 anos em que Steve estava dormindo.

Nos primeiros episódios vemos uma mulher super a frente de seu tempo e muito mais competente que seus colegas de trabalho na SSR (Reserva Científica Estratégica, em inglês). Peggy é colocada para servir café aos caras machistas e totalmente ignorada nas missões da SSR por ser mulher. A série é muito legal e mostra a personalidade de Peggy muito além de ser apenas a “viúva” do Capitão América. A personagem tenta levar sua vida entre o rebaixamento na SSR e uma investigação secreta para ajudar Howard Stark, sim, o pai do Homem de ferro Tony Stark que estava sendo acusado de vender armas aos inimigos dos EUA.


Outra característica super importante da série é interligar os personagens do universo cinematográfico da Marvel. Nós podemos preencher algumas lacunas que ficaram em aberto como a ligação de Howard Stark com o Capitão América e consequentemente com Tony Stark. Infelizmente também não poderemos ver o nascimento da S.H.I.L.D já que a série foi cancelada e também não sabemos por enquanto como isso vai ser narrado. É uma característica da Marvel que sempre deixa uma pontinha solta que pode ser explicada em outra série ou filme.


Agent Carter é super importante por trazer uma mulher como papel principal e que não serve apenas para ser o amor de algum super herói. A agente Peggy é super inteligente, persuasiva, observadora e luta pra caramba, sem deixar de ser feminina. Passa uma sensação de representatividade para nós mulheres mostrando que podemos ser líderes e fazer aquilo que gostamos sem se importar com padrões machistas. A ótima atuação da atriz Hayley Atwell trouxe com maestria a personalidade de Peggy, visionária e que merece com certeza mais espaço. As histórias de super heróis já estão saturadas de homens e ainda temos poucas mulheres representativas e que tenham papel de destaque. Por isso, a importância de se explorar personagens como a agente Carter.


Apesar de não me conformar com a morte de Peggy em Guerra Civil, justamente por ela ser tão representativa e por ser a mulher que mais combina com Steve (eles eram muito bons juntos) a série vale muito a pena. Eu sei que a mulher envelheceu, mas vários outros personagens desnecessários são ressucitados ou rejuvenescidos nessas histórias de super heróis. Outra coisa, colocar a sobrinha da agente Carter para beijar o Capitão América foi super forçado e desnecessário. Deixo aqui meu descontentamento.


Voltando a série, outros pontos também são bem legais, como a histórica que se passa na década de 1940. A trilha sonora, o figurino e o cenário são bem retrôs e parece que estamos sendo transportados para a época. As cenas de luta de Peggy ao som de jazz e músicas de Frank Sinatra são muito empolgantes, como toda a história bem construída, que sempre deixa aquela ansiedade que querer saber mais. Lamentável que a série não será renovada, muito lamentável mesmo.


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